GAZA

domingo, 11 de janeiro de 2009 |


Muitos colegas blogueiros, nas mais variadas funções ou profissões, de jornalistas a educadores, poetas ou estudantes, todos se unem numa mobilização para manifestar veemente posição que, salvo algumas variantes, resumem-se num GRITO DE PAZ!!!
Confesso sentir-me um tanto despreparada, por receber informações desencontradas e contraditórias a respeito deste conflito e ainda necessito de informações mais detalhadas.
Mas só tenho uma certeza, que posso traduzir me valendo deste artigo abaixo:

A ESTRANHA CRISE



O mundo vem criando soluções adequadas para a generalidade das crises que o atormentam.
A carência do pão, em determinados distritos, é suprida, de imediato, pela superprodução de outras faixas de terra.
Corrige-se a inflação, podando a despesa.
O desemprego desaparece pela improvisação de trabalho.
A epidemia é sustada pela vacina.

Existe, porém, uma crise estranha - e das que mais afligem os povos - francamente inacessível à intervenção dos poderes públicos, tanto quanto aos recursos da ciência nas conquistas modernas. Referimo-nos à crise da intolerância que, desde o travo de amargura, que sugere o desânimo, à violência do ódio, que impele ao crime, vai minando as melhores reservas morais do Planeta, com a destruição conseqüente de muitos dos mais belos empreendimentos humanos.
Para a liquidação do problema que assume tremendo vulto em todas as coletividades terrestres, o remédio não se forma de quaisquer ingredientes políticos e financeiros, por ser encontrado tão-somente na farmácia da alma, a exprimir-se no perdão puro e simples.
O perdão é o único antibiótico mental suscetível de extinguir as infecções do ressentimento no organismo do mundo. Perdão entre dirigentes e dirigidos, sábios e ignorantes, instrutores e aprendizes, benevolência entre o pensamento que governa e o braço que trabalha, entre a chefia e a subalternidade.
Consultem-se nos foros - autênticos hospitais de relações humanas - os processos por demandas, questões salariais, divórcios e desquites baseados na intransigência doméstica ou na incompatibilidade de sentimentos, reclamações, indenizações e reivindicações de toda ordem, e observe-se, para além dos tribunais de justiça, a animosidade entre pais e filhos, a luta de classes, as greves de múltiplas procedências, as queixas de parentela, os duelos de opinião entre a juventude e a madureza, as divergências raciais e os conflitos de guerra, e verificaremos que, ou nos desculpamos uns aos outros, na condição de espíritos frágeis e endividados que ainda somos quase todos, ou a nossa agressividade acabará expulsando a civilização dos cenários terrestres.
Eis por que Jesus, há quase vinte séculos, nos exortou perdoarmos aos que nos ofendam setenta vezes sete, ou melhor, quatrocentos e noventa vezes.
Tão-só nessa operação aritmética do Senhor, resolveremos a crise da intolerância, sempre grave em todos os tempos. Repitamos, no entanto, que a preciosidade do perdão não se adquire nos armazéns, por que, na essência, o perdão é uma luz que irradia, começando de nós.
Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

9 comentários:

Suzana Gutierrez disse...

Oi Jenny

Tens muita razão em alertar para não chamar de conflito o que é uma guerra. Ainda mais quando a guerra é quase unilateral.

Nesta história, se fosse uma história de agora apenas, até me faria lembrar as disputas das crianças. Uma mãe, antes de chamar ao diálogo, sempre tira da mão do filho o caminhãozinho que está sendo batido na cabeça do amiguinho.

Primeiro cessar a violência, depois conversar.

Na Palestina \ Israel quem for tirar o caminhãozinho tem de estar preparado para se incomodar. A ONU deveria fazer isso, mas não o fez quando os USA invadiu o Iraque. Penso que tudo se encaminha na mesma direção, infelizmente.

Mas a nossa possibilidade é fazer o registro, não deixar a história ser esquecida.

abraços

Suzana

Anônimo disse...

Opa Jenny!

No caso desta ocupação, mesmo perdoando 490 vezes fica difícil manter a Paz....

Não vejo uma saída só com apelos de paz, não quer dizer que acho so apelos inúteis ou estéreis...

Mas este é um caso, pra usar a metáfora da Suzana, de ter um mãe com poder para dar umas chineladas no agressor antes do discurso maternal!


bjs

Jenny Horta disse...

É gente, pra nós só resta pedir a PAZ. Não que isto seja o correto. Acredito que sem uma grande negociação e muita sabedoria este problema histórico não irá cessar nenhum derramamento de sangue.

esteblogminharua disse...

Oi, Jenny. Boa postagem sobre Gaza.
Ah, faz tempo coloquei o selo do 1 SIEL no meu blog.
E vou indicar seu blog para o premio Dardos, viu?. Franz

Teresinha Bernardete Motter disse...

Jenny, um selinho para ti no meu blog.
bjs
Berna

Unknown disse...

Olá menina!
Faz muito tempo que não apreces...Estou com saudades!!!
Ab[]s
Luiz

Anônimo disse...

Oi Jenny
Indicação e caldo de galinha...
Dá trabalho, mas é por uma boa causa
Fraternalmente

Sindy disse...

Amiga, saudades... muita mesmo!
E para vc saber que não lhe esqueci, aqui vai o prêmio dados!
Vc merece!
Bjks

Denise Matos disse...

Oi Jenny!
Gosto muito do seu blog, é maravilhoso! sempre q dá estou lendo por aqui!

Preciso que você por gentileza divulgue uma chamada no seu blog, é sobre o Museu do Computador, ele está precisando muito de ajuda. Para fazer isso vá até meu blog e copie o post da chamada e cole no seu e passe o recado para todos que vc conhece assim como esse e q estou deixando aqui!
Obrigada! tenha uma ótima semana!