Muitos colegas torcem o nariz quando critico o estímulo a precocidade e ao consumismo em nossas crianças e o excesso de erotização da mídia em torno da infância. Muitas vezes, observo ao comentar que as pessoas concordam, mas ao mesmo tempo, consideram como algo inevitável, sinal de modernidade...
Pior ainda quando critico a passividade da escola diante disso tudo. Considero primordial que a escola defenda sobretudo a ética, combata a ostentação e defenda o consumo consciente, seja ela pública ou particular, urbana ou rural.
Por outro lado, sou grande defensora de que a tecnologia deve fazer parte do dia a dia das crianças, sim. Isso não é, na minha concepção, uma precocidade forçada, pois advém naturalmente das próprias crianças.Uma coisa é utilizar a tecnologia com responsabilidade e seriedade, estimulando seu aprendizado, sua expressão criadora, sua interação com as mídias. Aí está o grande diferencial da TV para a Internet: a possibilidade de criação, de resposta.
Diante da TV, a criança apenas recebe. Não pode lhe dar retorno.
Assim como há excelentes programas na TV, há muita besteira na internet...
Em casa, com meu filho de 7 anos, temos 3 categorias de programas: o que ele pode ver livremente sozinho; o que deve assistir conosco, para esclarecer possíveis dúvidas e complementar seu entendimento; e logicamente, os programas ainda inadequados para sua idade.
A escola, depois da família, é o primeiro grupo social da criança. E é nela que se inicia a massificação do consumismo: quero a mochila da marca, o colega tem o celular "da hora", o tênis radical. Claro que a escola não pode radicalizar, mas deve estar sempre atenta a esta delicada etapa social de afirmação perante o grupo, de formação do caráter e hábitos de consumo.
O consumo está presente em todos os momentos de nosso dia a dia. Na escola principalmente: na merenda, nos hábitos, na porta das escolas, nos eventos e festas escolares, nos materiais e até mesmo na presença dos professores.
Esta é uma questão que merece pesquisa e reflexão de toda a sociedade e a escola, como tal, não deve ficar de fora.
Se você pretende, em sua prática educativa, refletir sobre o assunto, assista a este vídeo e depois, visite o site do Instituto Alana.
Para começar pela reeducação alimentar de forma mais lúdica e divertida o Instituto possui o Projeto Criança e Consumo: neste link
Criança, a Alma do Negócio!
sábado, 13 de março de 2010 Postado por Jenny Horta às 12:13:00 AM | Marcadores: consumo criança alimentação
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1 comentários:
Oi Jenny
Acompanho seu blog embora nem sempre deixe meus comentários aqui. De qualquer forma, gostaria de parabenizá-la não só pelas dicas que você nos passa como também pelas avaliações e críticas pertinentes que faz. Elas traduzem você. Como neste post.
Um abraço
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