Rotina e Flexibilidade no Trabalho

sábado, 11 de abril de 2009 |

Compreendendo... por que esta imagem anda cada vez mais rara, não só no Brasil, em todo o mundo??? O que nossos alunos encontrarão ao sair da escola?

Seguindo a idéia de postar os estudos deste semestre, começamos por Educação e Trabalho:

De acordo com o autor, podemos encontrar características do fordismo no mercado de trabalho atual, principalmente no setor informal e no setor de serviços.

Na atual fase do capitalismo, a indústria vive a transição da produção em massa, nos moldes de produção fordista, para uma produção flexível, originado no chamado toyotismo. Neste novo modo de produção, o trabalhador torna-se multifuncional, necessitando de maior especialização e escolaridade.

Não há mais a rígida separação entre aquele que pensa e o que executa. Como consequência, temos a diminuição da oferta de emprego formal, gerando autos índices de desemprego e maior incidência do trabalho informal, além da clara expansão do setor de serviços. Com a inovação tecnológica e crescente fluxo de informação, as pessoas precisam de permanente atualização para execução de múltiplas competências.

A presença de algumas características do modelo fordista é exemplificada pelo autor em duas atividades produtivas distintas: no estilo McDonald's de funcionamento de suas lojas e na venda de doces e balas no setor informal, presente nos sinais das ruas dos grandes centros urbanos no Brasil.

O ritmo acelerado do modo de vida do indivíduo contemporâneo, seja qual for a sua área de atuação, me parece um fator primordial para esta homogeneidade e rotina na prestação dos serviços, pois na maior parte das vezes, o consumidor necessita de rapidez e eficiência no atendimento. Ficamos cada vez mais exigentes e apressados!

Concluindo, somos engrenagens de um sistema cada vez mais complexo, onde a multiplicidade de tarefas, o excesso e velocidade das informações exigem um aproveitamento cada vez maior de nosso tempo diário.

FRAGA, Alexandre. Da rotina à flexibilidade: análise das características do fordismo fora da indústria. Revista Habitus: revista eletrônica dos alunos de graduação em Ciências Sociais - IFCS/UFRJ, Rio de Janeiro, v.3,n.1,p.36-43,30 mar.2006. Anual. Disponível em: www.habitus.ifcs.ufrj.br

4 comentários:

Suzana Gutierrez disse...

Oi Jenny

Eu não concordo muito com "Não há mais a rígida separação entre aquele que pensa e o que executa. Como consequência, temos a diminuição da oferta de emprego formal..."

Primeiro, porque continua a separação entre quem pensa o processo e quem o faz acontecer (olha a EAD e as tutorias aí, separando o professor em dois tipos), mesmo que os trabalhadores sejam chamados a assumir responsabilidades por partes do processo de produção e seus saberes tácitos sejam utilizados.

Segundo, porque não vejo esta relação de causa e efeito entre uma possível diminuição da divisão do trabalho (quem pensa\quem faz) e a diminuição dos postos de trabalho. Até porque no capitalismo não importa muito quem faz o que, importa o tempo de trabalho.

No meu entender, o que acontece é que o capital tende a se reestruturar sempre que a taxa de lucro cai (e ela tende sempre a cair) e ele faz isso ampliando os mercados, explorando mais os mercados existentes e sempre explorando o trabalho.

Por estas é que nunca trabalhamos tanto, apesar da tecnologia que vem para facilitar e abreviar o trabalho. Na sociedade capitalista, a tecnologia deixa de ser libertadora.

Uma boa idéia para pensar é sobre a contiuuação do fordismo na educação :) (nos curriculos disciplinares).

Mas isso é para outro dia. Hoje...
feliz pascoa :)

beijos

Giovanna Carvalho disse...

Olá Jenny, tudo bem? Sou Giovanna da Edelman, agência de comunicação da Symantec. Lendo seus posts e pelo perfil do seu blog acredito que você possa se interessar pela pesquisa sobre comportamento na Internet divulgada recentemente pela Norton.
O estudo analisou, entre outros assuntos, a relação dos pais e a segurança dos filhos durante a navegação online. Quanto tempo passam na Internet, quanto de sua interação é conhecida pelos pais, por onde navegam, etc.
Caso você tenha interesse no material, podemos conversar mais pelo e-mail giovanna.carvalho@edelman.com
Um abraço

Andréa De Carli disse...

Oi Jenny

Concordo em parte com vc e discordo um pouco da Suzana.
A divisão do trabalho existe sim, mas como a Suzana trouxe o EAD para pauta, e trazendo sua fala da muliplicidade de tarefas, aqui esta um belo exemplo. As Universidades com o crescimento rapido do EAD , a prestação de serviços do tutor esta virando uma tarefa bem exigente, onde o mesmo precisa muitas vezes auxiliar uma turma de 50 alunos pra mais. Com que qualidade estaremos trabalhando realmente neste sistema quando sacrificamos pela rapidez no atendimento?
Fica a dúvida....
Bjinhos

Suzana Gutierrez disse...

Um bom tempo depois :)) estou relendo estes comentários. Não entendi bem onde a Andrea discorda de mim.
abraços!